sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Acadêmicos de Geografia da UEMS/Campo Grande fazem viagem para trabalho de campo interdisciplinar


Por: Liziane Zarpelon | Postado em: 13/09/2019
Acadêmicos do 3o Ano dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade de Campo Grande, realizaram um trabalho de campo interdisciplinar na região do Planalto da Bodoquena – incluindo os municípios de Jardim, Bonito e Bodoquena. A visita foi chamada de “ Trabalho de campo interdisciplinar – planalto da Bodoquena/MS: usos, conflitos e potencialidades”. A atividade foi nos dias 23, 24 e 25 de agosto.
A coordenação foi das professoras Dra. Vera Lúcia Freitas Marinho, Dra. Daiane Alencar da Silva e Dra. Viviane Capoane e teve colaboração dos palestrantes: Prof. Dr. Sidney Kuerten do curso de Licenciatura em Geografia UEMS/Jardim e do geógrafo Eduardo Henrique de Oliveira Lima.
O trabalho de campo interdisciplinar incluiu visitas ao Parna da Serra da Bodoquena/ICMBio, Museu da CER-3 – Comissão de Estrada de Rodagem no 3, Unidade Conservação – Reserva Particular do Patrimônio Natural Buraco das Araras e Boca da Onça.
Visita no museu da CR3 – Jardim/MS.(Acervo Pessoal)
No Museu da CER-3 – Comissão de Estrada de Rodagem no 3, o grupo conheceu o acervo histórico que marca a formação espacial e territorial do estado de Mato Grosso do Sul, bem como a construção de uma identidade regional. O museu encontra-se no 4a CIA e CMB MEC, localizado no município de Jardim. A CER-3 foi implantada no Município em 25/02/1945, visando integrar o Sul do então Mato Grosso ao restante do país por meio de rodovias.
Visita na Reserva Particular do Patrimônio Natural Buraco das Araras – Jardim/MS.( Acervo Pessoal)
O grupo visitou também a Unidade Conservação – Reserva Particular do Patrimônio Natural Buraco das Araras, localizada na BR 267, Fazenda Alegria, no município de Jardim. Na Unidade Conservação destacam-se paisagens com características físicas particulares resultante da dissolução química (corrosão) das rochas levando ao aparecimento de uma série de feições, entre estas as dolinas. Nesse local encontra-se uma das maiores dolinas do mundo, com aproximadamente 100 metros de profundidade e 500 metros de circunferência.
Acadêmicos, professores e equipe de gestores do Parque Nacional da Serra da Bodoquena. (Acervo Pessoal)
Em Bonito, o grupo foi recebido pela Nayara Stacheski – gestora do Parna da Serra da Bodoquena/ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e pelo gestor ambiental Rodolfo Portela Souza, integrante da equipe executiva da Fundação Neotropica do Brasil (Organização Não Governamental, instalada na cidade de Bonito). No local, o gestor ambiental Rodolfo ministrou uma palestra sobre projetos sociais e ambientais executados pela fundação no Parque Nacional da Serra da Bodoquena.
A visita ao Parque Nacional da Serra da Bodoquena levou um dia inteiro. O grupo conheceu a trilha do sumidouro do rio Perdido, acompanhada pela gestora Nayara e toda a equipe do ICMBio.
O Parna Serra da Bodoquena foi criado em setembro de 2000 e destaca-se por ser, até o presente, a única unidade de conservação de proteção integral federal implantada no estado de Mato Grosso do Sul.
No local, os trabalhos tiveram como objetivos identificar e caracterizar os diferentes aspectos do meio físico e a compreensão dos fatores responsáveis pela gênese e evolução da paisagem existente no Planalto da Bodoquena no qual se encontra inserida a Unidade de Conservação de Proteção Integral visitada.
No interior do Parque se encontra a maior área contínua com remanescente de vegetação da mata atlântica no Estado. E também, compreende uma paisagem com características dos biomas Cerrado, Campos alagáveis entre outras formas transicionais marcadas por atividades humana.
No local os acadêmicos observaram características hidrogeológicas especiais, como aspectos da paisagem do fragmento sul, em que flui o rio Perdido. Rio, este que como na maior parte dos cursos de água da Serra, possui caraterísticas devido à ação das águas dos rios e das chuvas sobre as rochas existentes na região que resultam na dissolução das rochas no decorrer do tempo geológico - milhões e bilhões de anos.
Alguns trechos do rio Perdido são subterrâneos, em outros pontos as águas adentram cavidades ou saem destas – (denominados sumidouros e ressurgências, respectivamente), e podem apresentar grande beleza cênica, como é o caso do sumidouro.
A visitação se encerrou na cachoeira Boca da Onça - a mais alta queda d’água do estado, com 156m de altura - localizada no cânion do Rio Salobra, em uma fazenda de mesmo nome, no município de Bodoquena. No caminho da trilha, os acadêmicos observaram que a drenagem confere aspectos de águas muito límpidas com diversas cachoeiras.
Visita ao atrativo Boca da Onça – Bodoquena/MS.(Acervo Pessoal)
O trabalho de campo interdisciplinar possibilitou a integração entre os conteúdos ministrados nas disciplinas de Licenciatura e Bacharelado em Geografia da UEMS. Integração, que é uma metodologia imprescindível e necessária para formação acadêmica do profissional em Geografia. O grupo agradece o apoio do Curso de Licenciatura e Bacharelado em Geografia - UEMS/Unidade de Campo Grande. As visitas só foram possíveis através dos recursos disponibilizados para o transporte pelo PNAEST, Pró-reitora De Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (PROEC). (Texto com informações da Profa. Vera Marinho - Curso de Geografia - UEMS - Unidade de Campo Grande)

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